Guerra Irã x Israel: o que se sabe sobre os últimos ataques entre os países

Guerra Irã x Israel: o que se sabe sobre os últimos ataques entre os países

Ataques continuam e mais mortes foram confirmadas neste sábado, 14. Israel bombardeou depósitos de petróleo do Irã

Iniciado na quinta-feira, 12, o conflito entre Israel e Irã já provocou quatro mortes em território israelense e 78 em terras iranianas. Novos ataques foram confirmados neste sábado, 14. Um porta-voz militar de Israel confirmou à rede de notícias Al Jazeera que o país voltou a atacar o Irã.

Na tarde deste sábado, israelenses foram instruídos a continuar próximos de abrigos. Pouco depois, mísseis iranianos foram interceptados no céu de Jerusalém e Haifa.

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Ao menos 80 pessoas ficaram feridas e três morreram, de acordo com o Serviço Nacional de Emergência de Israel. Israel retaliou o ataque, enviando mísseis a depósitos de petróleo no Irã. Incêndios de grandes proporções foram registrados em depósitos de petróleo de Shahran. 

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Por que Israel atacou o Irã?

Israel afirma que os bombardeios de quinta-feira, 12, tiveram caráter preventivo, visando conter o que descreve como uma “ameaça existencial” representada pelo programa nuclear iraniano.

Segundo o governo israelense, o Irã acumulou urânio enriquecido suficiente para produzir até nove ogivas nucleares, sendo que um terço desse material foi enriquecido nos últimos três meses.

A embaixada israelense no Brasil classificou o Irã como “principal patrocinador do terrorismo global” e acusou o regime de buscar a destruição de Israel por meio de um programa secreto de armas nucleares.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que seu país “não permitirá que o Irã obtenha armas de destruição em massa”.

Guerra entre Irã e Israel: principais alvos dos bombardeios israelenses

Os ataques das Forças de Defesa de Israel atingiram dezenas de locais estratégicos no Irã, incluindo instalações nucleares e militares. Entre os principais alvos, está a usina de Natanz, considerada o centro do programa de enriquecimento de urânio iraniano.

Um aeroporto militar em Tabriz, no noroeste do país, também foi atingido. Além disso, o serviço secreto israelense, o Mossad, teria realizado ações com drones para enfraquecer as defesas aéreas do Irã antes do bombardeio.

Guerra entre Irã e Israel: mortes de líderes iranianos elevaram a tensão

A TV estatal iraniana confirmou a morte de dois importantes nomes do alto escalão militar do país: Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.

Salami era uma figura influente, veterano da guerra Irã-Iraque e conhecido por declarações hostis a Israel. Bagheri, por sua vez, liderava estratégias militares e esteve diretamente envolvido no desenvolvimento do programa de mísseis iraniano.

Também foram mortos dois cientistas nucleares: Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi.

Resposta do Irã foi lançar mísseis sobre Tel Aviv

Em reação aos ataques, o Irã lançou cerca de 100 drones contra Israel e, no dia seguinte, centenas de mísseis balísticos atingiram cidades como Tel Aviv.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram os momentos em que parte desses projéteis furaram o sistema de defesa aérea israelense.

O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, declarou que Israel e os Estados Unidos “pagarão caro” pelos bombardeios. O Irã também acionou o Conselho de Segurança da ONU e classificou a ação israelense como uma “declaração de guerra”.

Guerra entre Irã e Israel: conflito tem raízes históricas e ideológicas

A rivalidade entre os dois países se intensificou após a Revolução Islâmica de 1979, que transformou o Irã em uma república islâmica e rompeu relações diplomáticas com Israel. Antes disso, o Irã foi um dos primeiros países muçulmanos a reconhecer o Estado israelense.

Desde então, Israel considera o Irã uma ameaça por seu apoio a grupos como Hamas e Hezbollah, além do programa nuclear. Por sua vez, o Irã afirma que seu programa tem fins pacíficos e nega qualquer intenção de produzir armas nucleares.

Guerra entre Irã e Israel: quem tem mais força?

Israel tem superioridade tecnológica em seu arsenal aéreo, com 340 caças, incluindo modelos avançados como F-35, F-16 e F-15. Conta ainda com sistemas de defesa sofisticados, como o Domo de Ferro, Seta e Viga de Ferro, além de aproximadamente 90 ogivas nucleares.

O Irã possui um efetivo maior, com 610 mil militares ativos e 350 mil reservistas, mas sua frota de aviões é mais antiga.

Apesar disso, o país investe em tecnologia de drones e tem grande quantidade de veículos de artilharia e lançadores de mísseis.

Guerra entre Irã e Israel: o que disseram os Estados Unidos e o Brasil?

O governo dos Estados Unidos negou participação na ofensiva israelense. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que a prioridade norte-americana é proteger suas forças na região. Já o ex-presidente Donald Trump disse que o Irã deveria “fechar um acordo antes que não reste nada”.

No Brasil, o Itamaraty condenou a ação de Israel, afirmando que houve violação da soberania iraniana e do direito internacional. A nota alerta para o risco de um conflito regional com consequências globais e pede contenção de todas as partes envolvidas.

Guerra entre Irã e Israel: repercussão internacional tem apelos por paz

O ataque de Israel ao Irã gerou reações de diversas potências globais. A União Europeia, ONU, Otan, Reino Unido e Alemanha pediram moderação.

China e Rússia condenaram as ações israelenses, enquanto a França defendeu o direito de Israel à defesa, mas pediu redução das tensões.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) demonstrou preocupação com os bombardeios a instalações nucleares, alertando para o risco de vazamentos radioativos e reforçando que locais desse tipo não devem ser alvos de ataques.

Guerra entre Irã e Israel: segundo autoridades, o conflito deve continuar

As declarações de autoridades dos dois países sugerem que o confronto não deve cessar tão cedo. O porta-voz militar israelense, Effie Defrin, afirmou que o país está implementando um plano de ataque por fases.

Danny Danon, embaixador israelense na ONU, disse que Israel continuará agindo até eliminar a capacidade nuclear iraniana. Ele afirmou não saber quanto tempo o conflito pode durar, mas garantiu que a operação não será interrompida enquanto a ameaça persistir.

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